quarta-feira, 25 de março de 2009

Ontem, depois de fazer minha primeira postagem, meu marido leu e disse:" então voce gostaria de não ter casado, ter ido atrás daquele cara que era a paixão da sua vida, e outras coisinhas mais. Aí está a sintese de tudo que eu não concordo.Todo mundo tem o direito de ter um passado e falar dele quando quiser.Afinal eu não estaria aqui como sou se não tivesse tido outras esperiencias na vida. Me apaixonei sim, chorei, sofri, sorri, pensei em morrer aos 17 anos como quase todo adolescente que acha que seu mundo vai acabar porque o "cara" foi embora, porque seu rosto está cheio de espinhas, porque aquela sua amigona não te convidou para a festa mais legal do ano. Sempre fiz o que queria da minha vida, até o momento em que pessoas muito mais importantes começaram a fazer parte dela. Fiz escolhas pensando no bem estar e segurança dos meus filhos, coisa que não faria por outras pessoas, eles não tem nenhuma responsabilidade sobre minhas escolhas, elas foram minhas, eu tinha alternativas, mas fiz a MINHA escolha. Hoje olho para trás e vejo a minha vida como um livro que precisaria de muita revisão, só que um livro você pode mudar e mandar para a gráfica novamente, voce tem o auxilio do dicionário e etc... mas como revisar sua vida? Eu acredito que existam outras vidas, assim eu tento repensar minhas atitudes, na esperança da possibilidade de voltar para esse mundo outra vez.

Já notei há muito tempo, que deixei que minha familia criasse uma dependência de mim nas minimas coisas, ex: toda vez que algum deles peguntava: onde está aquele livro? ou, voces viram meus óculos por aí? eu largava tudo o que estava fazendo para procurar os seus objetos, mas quando eu fazia a mesma pergunta, que quase sempre é, onde será que deixei meus óculos? ninguem respondia ou se levantava para ajudar-me a procura-los.Assim, um belo dia acordei e disse prá mim mesma que eu tinha que começar a praticar um dessapego, não me incomoda mais quando alguem perde ou pede algo, se não quero fazer, não faço, enfim começo a descobrir que eu nasci um ser humano como qualquer outro, só virei mãe e esposa muito depois, e agora sem deixar de ser os dois, resolvi ser aquele ser humano que eu era quando não tinha filhos ou marido. Agradar uma vez ou outra, tudo bem, mais não quero mais ser responsável até pelas irresponsabilidades dos outros. Não passo mais noites sem dormir porque meus filhos foram para a balada, ensinei a eles que o jovem não é invuneravel, que tudo o que acontece com outras pessoas, pode lhes acontecer também, muitas e muitas vezes desejei que eles não saissem de casa , mas os jovens se acham super protegidos por uma entidade que só eles conhecem, talvez um anjo da guarda provido de todas aquelas armas virtuais que eles veem nos jogos de computador como; escudo protetor, patinetes voadores, mantos da invisibilidade e outras parafernálias mais. Agora lhes digo sempre, que entreguei sua proteção a Deus, e só me resta rezar para que aqueles "anjos virtuais" deem uma ajudinha aos seus verdadeiro anjos da guarda divinos.

terça-feira, 24 de março de 2009

Ainda não sei porque resolvi escrever esse blog. Talvez por não entender porque as pessoas se prendem tanto a certas convenções. Eu acho que sera tudo muito mais simples se voce expressar exatamente aquilo que sente. Voce não precisa ser, necessariamente grosseiro ao dizer alguma coisa, apenas diga, não acho que falar a verdade seja uma grosseria.
Sabe quando aquela sua amiga que voce gosta tanto, aparece na sua frente com a maquiagem mais bizarra, feliz da vida porque finalmente acertou (na opinião dela, claro) a cor de sombra que combina com os seus (dela) olhos, e voce não tem coragem de dizer que ela está parecendo que vai a um baile a fantasia, ou que ela deve ter escorregado a mão quando estava se maquiando? Voce deixaria que ela saisse nessa situação ridicula só porque não tem coragem de dizer a verdade? afinal que amiga voce é? vai, fala a verdade, se ela se ofender, pelo menos voce não foi responsavel por um fiasco maior. Esse é apenas um exemplo de como eu desejo conduzir minhas postagens.
Quando eu era criança, e lá se vão anos, e a minha mãe me batia ou fazia algo que eu achava injusto, eu lembro de pensar " tomara que ela morra", mas quando a raiva passava, eu me arrependia e ficava rezando para ela não morrer, afinal eu não queria ser a responsável pela morte da minha mãe. Eu admito que senti raiva da minha mãe muitas vezes, admito que gostaria de não ter casado, não ter tido filhos, ter lutado mais por aquele cara lindo, que foi a paixão da minha vida, e eu deixei ir embora. Enfim, quero dizer que me arrependo de não ter feito muitas coisas na vida, mas isso não quer dizer que eu me arrependa das coisas que eu fiz ou que elas me fizeram infeliz, não, eu sou feliz com a minha familia, mas quero ter o direito de dizer que sinto saudades de alguém ,de alguma coisa , de um tempo passado, sem ter que ofender as pessoas do meu presente.